Ao longo dos dois últimos séculos, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera vem aumentando em consequência da intensificação de atividades como o uso de combustíveis fósseis, produção agrícola, indústrias e transporte.
As discussões a respeito do assunto intensificaram-se a partir da década de 80, culminando na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC), aprovada em 1992, que definiu como seu objetivo a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa conciliando a adaptabilidade dos ecossistemas e o desenvolvimento econômico de forma sustentável.
O resultado dos acordos entre os países da Convenção foi o Protocolo de Kyoto, o qual determinou que as nações industrializados devem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Em vigor desde 2005, o Protocolo permite que países em desenvolvimento como o Brasil, que não são obrigados a reduzir suas emissões, contribuam por meio de projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Os projetos de MDL, através da redução dos níveis de emissão de carbono, geram “créditos de carbono” que podem ser utilizados pelos países industrializados no cumprimento de suas metas de redução determinadas no Protocolo.
Paralelamente ao mercado de créditos de carbono do Protocolo de Kyoto, surgiram iniciativas voluntárias de empresas e instituições que não possuem obrigações de reduzir emissões, mas que desejam compensá-las através da aquisição de créditos de carbono em um mercado não-Kyoto, denominado Mercado Voluntário.
Compensar voluntariamente é diferente de comprar compensações de carbono em sistemas compulsórios, como o Protocolo de Kyoto, e é importante entender que ambas as ferramentas desempenham um papel importante, porém distinto, na luta contra as mudanças climáticas.
Os projetos de redução de emissões no geral são uma forma de fomentar o desenvolvimento sustentável por meio não só de ganhos ambientais, mas também sociais e econômicos. A inclusão do desenvolvimento local em projetos de redução de emissões parte do princípio de que cada país tem o direito de se desenvolver social e economicamente enquanto evita impactos sobre o meio ambiente, tendo como meta final a redução da pobreza.
Embora seja um assunto que esteja sendo discutido com frequência, é papel de todos informar e educar sobre quais as formas de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, ressaltando a importância das pesquisas científicas, ações de conservacionismo e preservação ambiental, e incentivo aos benefícios socioeconômicos, atividades inerentes à missão do Instituto Ecológica.