Brasil tem presença marcante na COP da Biodiversidade - Instituto Ecológica

Brasil tem presença marcante na COP da Biodiversidade

Este final de ano não foi dedicado apenas à COP de mudanças climáticas. Cerca de 6.500 delegados de 196 países também se reuniram em Cancún, no México, para a COP da Biodiversidade, de 04 a 17 de dezembro.

Batemos um papo com Divaldo Rezende, vice-presidente do Instituto Ecológica, que esteve na COP 13, para saber como foi.

Rezende começa nossa conversa destacando que essa é uma COP bem menor que a de mudanças climáticas e que ainda não conseguiu agregar um valor financeiro, como a outra – que conta com a presença de diversos investimentos.

O Instituto Ecológica marcou presença com um projeto inovador: o meta genoma. “Com o projeto meta genoma queremos buscar bioativos a partir de microorganismos. Ao invés de utilizar plantas ou animais, queremos identificar novos bioativos com microorganismos. É um projeto que envolve empreendedorismo científico.”

E a receptividade do projeto foi muito boa ao ser apresentado ao governo americano, ao Ministério de Meio Ambiente do Brasil e empresas privadas, relembra Rezende.

Dentre os pontos muito positivos do evento, nosso entrevistado destacou:

  • Acordos de participação de benefícios e biotecnologia.
  • VBIO: foi lançada uma vitrine de projetos, para que as empresas apresentem suas iniciativas desenvolvidas com o investimento obrigatório de 0.75% do lucro dos produtos em biodiversidade. É um espaço importante para fazer a ponte entre esses projetos e potenciais investidores. O Instituto Ecológica apresentou na VBIO o Metagenoma e o Nascentes de Taquarassu.
  • Em um evento paralelo, as leis de biodiversidade de diversos países foram colocadas lado a lado. A comparação mostrou a eficiência e uma ação proativa da lei brasileira de biodiversidade, aprovada ano passado. Essa lei dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e a promoção ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade. E um decreto aprovado este ano no Brasil dá às empresas que usam o patrimônio genético da Biodiversidade Brasileira mais liberdade para direcionar os recursos de repartição de benefícios à projetos alinhados com a missão e os valores delas.

As sedes para as próximas conferências serão Egito (COP 14), China (COP 15) e Turquia (COP16).

Até a próxima!